domingo, 6 de dezembro de 2009

Oficina 12/ Unidade 24 - TP 6

Neste sábado, 05 de dezembro de 2009, realizamos a oficina 12/ Unidade 24 do TP 6, Literatura para Adolescentes, com o objetivo de refletir sobre a leitura do adolescente, a relação do professor com essa literatura e a importância da qualidade literária. O encontro aconteceu no prédio da UPE – Universidade de Pernambuco – Campus Salgueiro. Como esta foi a última oficina levei para cada cursita um envelope contendo um chocolate e um cartão com a mensagem: “Se eu pudesse” de Mahatma Gandhi. Após a leitura e reflexão da mensagem seguimos com um debate em torno das experiências vivenciadas durante o decorrer do curso. Utilizei alguns questionamentos presentes no TP 6. E através da dinâmica da caixinha musical, abriu-se uma discussão muito rica que nos levou a refletir sobre o nosso papel enquanto professores na formação de leitores competentes e as contribuições que temos dado através da nossa prática para concretização deste propósito. Partimos dos seguintes questionamentos: 1- Relate para nós sua experiência, na adolescência, com a leitura de obras literárias: o que lia o que preferia quem indicava? Na escola, a leitura era obrigatória? Você gosta de ler? 2- Você considera que seus alunos desenvolveram uma leitura autônoma (compreendida sem a ajuda de terceiros), crítica (capaz de perceber equívocos, estabelecer as intenções do autor e as relações com outros textos) e espontânea (feito por interesse próprio e não para a escola)? Que indícios ou prova sustentam sua resposta? 3- Qual o papel da leitura literária na formação da pessoa? 4 – Quais os livros trabalhados com os alunos e suas indicações mais frequentes? 5- Quais os critérios utilizados para indicação de um livro? 6- Quais os gêneros mais usados em sala de aula? Cite o máximo. Por quais deles os alunos se interessaram mais? Quais foram suas opiniões, as razões disso? Toda essa discussão nos levou a seguinte conclusão: A maioria de nós não foi estimulada a leitura por prazer na escola e as poucas vezes em que isso ocorreu foi para cumprir tarefa. Quanto aos alunos ainda há muito por fazer, porém esta mudança deve começar por nós tornando-nos de fato leitores assíduos não só de obras literárias, mas de outras leituras também necessárias. De outra forma não poderemos passar entusiasmo algum ao aluno que o estimule a ler. Não podemos seguir o velho ditado, “Faça o que eu digo, mas não faça o que faço”. Quanto aos gêneros textuais mais trabalhados durante o curso pelos professores em sala de aula foram: contos, crônicas, quadrinhos, propaganda, poemas, paródias, cartas, diário e biografia. Porém vale salientar o interesse maior dos alunos por poemas, paródias, quadrinhos e propagandas. Isto se deve ao fato de que os temas e a forma como foram planejadas as aulas, além do interesse próprio dos alunos pela leitura desses gêneros, contribuíram para essas escolhas. Ficou bastante evidente para todos nós que a leitura de obras literárias para formação do educando é fundamental, pois contribui para o desenvolvimento da interpretação e consequentemente nos ajuda a compreender a obra e criarmos nossos próprios significados. Para tanto acreditamos que a escolha de uma obra não pode ser imposta, mas estimulada a partir de estratégias utilizadas pelo professor, como oferecer ao aluno a possibilidade do contato com uma diversidade de obras que venham a agradá-lo. O que exige por parte do professor estar sempre atualizado com os temas de interesse do aluno. A participação efetiva de todos nesta discussão contribuiu muito também para avaliarmos o trabalho que temos feito até aqui e perceber que ainda temos um longo caminho a percorrer. A mudança deve começar a partir de nós. Como diz Mahatma Gandhi “... devemos buscar no interior de nós mesmos a resposta e a força para encontrar a saída”.

Ainda para complementar está discussão foi feita a leitura e análise das questões propostas pelo TP 06 páginas 171 a 173 de um trecho do livro, Conversa para boy dormir de Leo Cunha. Que ressalta a importância da influência da família no gosto e na formação do indivíduo leitor. E a apresentação de um slide de fundamentação sobre "Processos de produção textual revisão e edição" que veio a confirmar o que já havíamos discutido anteriormente. No socializando o Lição de Casa as atividades foram bastante diversificadas alguns professores trabalharam com o texto Espírito Carnavalesco. Utilizaram como estratégia inicial perguntas para instigar a curiosidade dos alunos em torno do tema e do desfecho da história o que facilitou a produção final deles. O resultado foi surpreendente em relação ao desenvolvimento e construção dos alunos. Além desta atividade outros professores desenvolveram o Avançando na Prática da página 54 e da página 39 em que a produção sugerida pela professora foi construir um texto publicitário onde o aluno através de argumentos iria convencer o interlocutore a ler um livro indicado por ele no anúncio. Também foi uma atividade em que o aluno teve uma boa participação e interesse em realizá-la. Fizeram ainda alguns comentários acerca do filme apreciado na oficina anterior, “O Leitor”. Segundo os professores o filme mostrou que quando temos um objetivo, um propósito, seguimos em frente. A personagem por vergonha de assumir que não era alfabetizada declarou-se a única culpada. A situação vivenciada por ela e a influência do personagem o leitor serviram de estímulo para que criasse seu próprio método e conseguisse ser alfabetizada. Para que os professores pudessem nesta oficina socializar entre os colegas as obras trabalhadas com os alunos durante este ano letivo. Foi organizado na sala um cantinho onde os livros ficaram expostos e puderam ser manuseados por todos. A avaliação foi realizada de forma oral. Os professores externaram opiniões dizendo que o Gestar proporcionou momentos de reflexão através do diálogo durante a socialização das experiências vivenciadas em sala de aula e das teorias estudas e debatidas por ocasião da realização das oficinas. O que permitiu uma renovação da prática no ensino da leitura e da escrita. Para finalizar as atividades foi apreciado o vídeo, “Capturando o Vento” e em seguida distribuídos aos cursistas um vidrinho que simbolicamente representava o vento do Gestar II. Que este vento permaneça presente em nossa prática de sala aula como uma brisa suave e agradável que nos impulsiona cada vez mais a desempenhar um trabalho com nossos alunos de forma competente e eficiente. Almejando nosso sucesso profissional que se efetivará através do sucesso do nosso aluno.



Nenhum comentário:

Postar um comentário